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A Umbanda é uma religião que sincretiza ensinamentos cristãos e espiritualistas sendo praticada por milhares de brasileiros assim como, em diversos países da América Latina. Conheça mais sobre ela.

“Macumba”, “feitiçaria” estes são termos pejorativos que muitas pessoas utilizam para se referirem à Umbanda. Além disso, a religião também é muito confundida com outros segmentos, como por exemplo, o Kardecismo e o Candomblé.

Porém, o que não faltam são especulações sobre do que realmente ela se trata. Outro fato muito importante que deve ser citado aqui, é que a grande maioria das pessoas que não conhecem a religião também possuem um certo medo dela.

Mas chegou o momento de se libertar de todos os preconceitos e entender de fato o que é Umbanda. Descubra mais sobre o assunto a partir de agora.

 

1. O que é umbanda?

A primeira coisa que você deve saber sobre Umbanda é que a mesma trata-se de uma religião puramente brasileira. Contudo, ela sintetiza diversos conhecimentos de outras religiões, como por exemplo, o Catolicismo, o Espiritismo e o Candomblé.

Mas o que a torna verdadeiramente brasileira é o fato de que ela cria uma cultura totalmente única e que atrai diversos seguidores pelo país e pela América Latina.

Além disso, a religião está inclusa na lista de patrimônios imateriais do país por meio de decreto, na data de 8 de novembro de 2016.

O nome Umbanda é oriundo da língua quimbunda do país de Angola, e possui dois significados distintos e muito bonitos. Umbanda significa “magia”, que é bastante presente na religião, assim como, também significa “arte de curar”. Fato que é comprovado por muitos de seus fiéis seguidores.

Alguns estudos indicam que a palavra pode ter outro significado na língua adâmica. Nesse caso, a palavra se refere a um “conjunto de leis divinas”. O que também condiz com a sua realidade, já que a religião é fortemente carregada por preceitos cristãos, espiritualistas e de crenças africanas.

A religião foi fundada por Zélio Fernandino de Moraes, no ano de 1908. Ou seja, está presente no Brasil por exatos 112 anos.

Assim como os seguidores de religiões cristãs são chamados dos cristãos, de religiões espiritualistas são chamados de espíritas, os seguidores desta religião são chamados de umbandistas.

Mas a história da religião não para por aí, existem ainda muitas curiosidades que você vai adorar saber. Confira!

 

1.1 Qual a origem da Umbanda?

Uma coisa é fato: a Umbanda é naturalmente brasileira, e melhor, de naturalidade carioca. Pois segundo historiadores, a mesma surgiu no Rio de Janeiro, nos subúrbios da capital carioca.

Diz a história que na data de 15 de Novembro de 1908, depois de ter incorporado a entidade chamada “Caboclo das sete encruzilhadas”, Zélio Fernandino de Moraes, com a ajuda desta entidade, conseguiu criar esta religião.

Aqui é importante ressaltar alguns detalhes dessa história. Zélio Fernandino de Moraes era um jovem, que mal entendia de religiões e estava prestes a ingressar na Marinha.

Contudo, sua família começou a notar que o mesmo apresentava um comportamento diferente. Segundo relatos, muitas vezes ele se comportava como um velho, em outras, como um felino. Preocupados com essa situação, a família levou o jovem Zélio ao médico, que não constatou doença física e pediu que o levasse a um padre.

Porém a família, ao invés de leva-lo na igreja, decidiu leva-lo para um centro espírita. Então, nada data acima citada, em uma sessão presidida por José de Souza, Zélio incorporou a entidade.

A mesma, contrariando a regra de não poder abandonar a mesa até que a sessão terminasse, deslocou-se até o jardim, pegou uma flor, e então retornou-se à mesa, colocando-a no centro.

O diálogo que deu início à uma religião

Espantado com tal atitude, o médium então questionou a entidade sobre qual seria o seu nome ao passo que a mesma respondeu:

“Se querem um nome, que seja este: sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque para mim não haverá caminhos fechados. O que você vê em mim são restos de uma existência anterior. Fui padre e o meu nome era Gabriel Malagrida. Acusado de bruxaria, fui sacrificado na fogueira da Inquisição em Lisboa, no ano de 1761. Mas em minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de nascer como Caboclo brasileiro.” (BARBOSA JR, 2014, p.21)

Então, o médium perguntou qual seria a sua missão e recebeu a seguinte resposta:

“Se julgam atrasados esses espíritos dos negros e dos índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho para dar início a um culto em que esses negros e esses índios poderão dar a sua mensagem e assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem o meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminho fechado para mim.”( PINN, 2009, p.392)

O início da religião

Depois de saber sobre o ocorrido, no dia seguinte a Federação Espírita visitou a casa do jovem Zélio. Ali então, ele novamente incorporou a entidade que declarou que espíritos de índios e escravos poderiam ajudar com a missão de ajudar as pessoas, com o auxílio dos irmãos encarnados.

Mas a mensagem principal deixada pela entidade foi a de que todos deveriam trabalhar de maneira humilde, independente da classe social, raça ou sexo. E a partir desse surgiu o primeiro terreiro de Umbanda, chamado de “ Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade”.

Ali, foram estabelecidas regras pela entidade tais como a prática da caridade fundamentada, principalmente no evangelho de Cristo.

E por ser naturalmente atraente por suas músicas, gestos, orações e entidades, ela conseguiu se espalhar rapidamente pelo Brasil. Contudo, não apenas este país foi agraciado com a religião das entidades. Isso porque muitos outros países da América Latina também adotaram-na como crença.

 

1.2 Qual a diferença da Umbanda e do Candomblé?

Por serem religiões que se baseiam em entidades negras, muitas pessoas costumam confundir Umbanda com Candomblé e vice-versa. No entanto, estas religiões possuem diferenças significativas.

A primeira diferença está na origem. Enquanto a Umbanda é uma religião brasileira, o Candomblé tem suas raízes na África.

Além disso, no Candomblé são realizadas oferendas que podem ser comidas, bebidas e até mesmo animais. Todas estas oferendas são direcionadas aos chamados orixás ao som dos batuques e dança.

Contudo, não é comum que no Candomblé haja a incorporação de entidades. Mas as pessoas que participam dos rituais da religião relatam entrar em um tipo de transe. Ali elas dançam e cantam músicas em letras africanas de acordo com os seus orixás.

Todas as sessões são presididas por um homem, que leva o nome de Babalorixá e de uma mulher, que leva o nome de Yalorixá.

Além disso, no Candomblé acredita-se na existência de um Deus soberano chamado de Olódúmaré. Outra curiosidade, é que no Candomblé podem existir diferentes denominações, e cada uma acredita em diferentes tipos de orixás e possuem diferentes tipos de danças e oferendas.

Os chamados candomblecistas acreditam que a alma pode reencarnar diversas vezes para que, desse modo, possam cumprir a sua missão na Terra.

Já na Umbanda, as danças e cânticos são realizados em português. Contudo, nas são realizadas oferendas.

Acredita-se que as entidades que permanecem nesse mundo físico apresentam alguns vícios. Então, para que as pessoas ali presentes possam auxilia-las como elas às auxiliam, levam para as entidades bebidas alcoólicas, cigarros que são consumidos por médiuns incorporados.

Além disso, na religião acredita-se que os orixás são energias que podem ser acessadas por espíritos guias. Nesse caso, são cultivados nove tipos de orixás Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Iemanjá, Oxum, Iansã, Nana Buruquê e Obaluaê/Omulú.

Tais orixás representam as chamadas 7 linhas da Umbanda, que mais à frente você irá conhecer.

 

2. Quem são os Orixás?

Os orixás são consideradas forças advindas da natureza como a água, o vento, o fogo, a terra, entre outros. Além disso, tais forças são capazes, segundo às crenças do Candomblé e da Umbanda, de produzir uma energia chamada axé.

Assim, cada elemento da natureza é representado por um orixá, sendo que ele pode ser de curas, sentimentos, magias, entre outras coisas.

Então, quanto maior o contato com a natureza, mais desenvolvido será o orixá. Sendo que cada pessoa possui um orixá diferente

E com o desenvolvimento do orixá, então se torna possível estar mais próximo do criador. Ao todo, catalogaram-se mais de 401 orixás, sendo que os mesmos foram divididos em:

Orixás funfuns: responsáveis pela criação do universo e da Terra. Entre eles, os mais conhecidos são:Oloxum, Olorum, Aurum, Anagaju, Ifá, entre muitos outros.

Orixás de predominância: advindos dos funfuns, os orixás de predominância tiveram a função de habitar o planeta e espalhar as suas sementes pelo mundo. E durante seu tempo na Terra, conquistaram experiências sendo recolhidos. E de acordo com a crença umbandista, agora eles precisam das entidades para que possam realizar seu trabalho.

 

2.1 Quais são as Entidades da Umbanda?

As entidades tem a função de auxiliar os orixás a desenvolverem seus trabalhos na Terra. E nesse caso, as entidades são espíritos diversos, mas que são classificados de acordo com a sua linha de trabalho. Sendo assim é possível encontrar nas sessões:

 

Boiadeiros

Estas entidades representam os trabalhadores rurais e também podem ser chamadas de caboclos sertanejos. São de origem brasileira e representam a simplicidade, determinação e persistência. São responsáveis por trazerem paz e harmonia, também podem libertar as pessoas de espíritos negativos e obsessores.

 

Cablocos

São espíritos de escravos e índios que viveram no Brasil colonial. Além disso, são considerados caçadores e representam a força. Quem busca por ajuda dos caboclos são aquelas pessoas que apresentam algum tipo de problema de saúde.

 

Marinheiros

Chamados de “homens do mar” são consideradas entidades de descarrego, passes e consultas. Também ajudam no desenvolvimento dos médiuns. Além disso, eles ajudam na limpeza psicológica, física e espiritual.

Pretos velhos

Considerados espíritos de ex-escravos africanos, são entidades que possuem como característica a tolerância, caridade e simplicidade. Além disso, são considerados ótimos conselheiros.

 

Sereias

São espíritos misteriosos, podendo ser doces e bastante maternais assim como, mulheres devoradoras.

 

Erês

São consideradas crianças, mas na verdade podem ser chamados de espíritos infantis. Podem fazer travessuras, acreditando ser brincadeiras inocentes, principalmente pelo fato de que não tem noção do que estão fazendo. Contudo, também possuem alguma sabedoria e conseguem consolar os aflitos, os pais e as mães.

 

Ciganos

São considerados espíritos nômades, muito alegres, festeiros. São entidades que trabalham com o lado pessoal, social, de amor, dinheiro, paz e alegria. Também cultivam o amor incondicional.

 

Exus

Embora sejam vistos como entidades ruins foram da Umbanda, também possuem uma função na religião. Na verdade eles cobram o que precisa ser cobrado. Porém, conseguem entender o que as pessoas sofrem, pois são espíritos que já sofreram muito.

 

Baianos

Espíritos de origem nordestina. Eles são muito respeitados pois possuem uma história de adversidades e superação. Além disso, eles são considerados ótimos guias e trabalham com emprego, saúde e força moral.

 

Pombas-gira

São consideradas uma versão feminina dos Exus, que representam espíritos de mulheres sem família e sem honra. Contudo, a imagem da pomba gira associa-se ao controle feminino, sedução e também ao lar. Sua chefe se chama Maria Padilha. As pombas giras são entidades que ajudam mulheres solitárias e com depressão.

 

Povo do oriente

Representam povos vindos do oriente e que pela sua cultura e tradição possuem muita elevação moral, assim como, espiritual.

 

Malandros

Os malandros são entidades dotadas de esperteza e muito associados à vagabundagem. São associados a marginais, gigolôs, viciados em jogos, bebidas, samba e brigas. Um grande representante destas entidades é o chamado Zé Pilintra.

Os malandros cuidam de mulheres esquecidas, viciadas e maltratadas pela vida.

As entidades podem sofrer alguma modificação em relação à região onde se encontram.

 

3. Como funciona os Ritos na Umbanda?

Assim como em toda religião, a Umbanda também possui rituais muito específicos. Nesse caso, eles tem como objetivo principal fazer uma evocação aos orixás e guias protetores.

Contudo, não existe uma forma exata de ritual, pois os mesmos irão variar de acordo com o lugar em que a religião é praticada. Lembrando que isso varia muito de acordo com a região em que se encontra.

Quem comanda os rituais é chamado Pai-de-santo, em alguns lugares, é possível encontrar também uma Mãe-de-Santo. Estes, são responsáveis por incorporar a entidade que comando o local, que também pode ser chamada de dona do terreiro.

Já no que diz respeito ao local onde as celebrações são desenvolvidas, também é bastante curioso. Isso porque diferentemente das outras religiões cristãs, cujo local de celebração dos cultos e missas é chamado de igreja, na Umbanda, o local é caracterizado por uma sala de atendimentos e um terreiro.

E é no terreiro que irão acontecer os cânticos e manifestações das entidades, como é também ali que são oferecidas as bebidas e os fumos.

Os ritos podem ser diferentes, de acordo com as entidades que são incorporadas. Assim, os ritos podem ser denominados como:

 

Giras

A giras consistem em sessões onde são incorporadas entidades de diversas categorias. Além disso, as giras podem ser festivas, para algum trabalho ou apenas para treinamento.

Considerada o principal ritual dentro da religião, a gira permite um contato direto com os orixás. Desse modo, ela tem como foco principal criar uma roda de energia que faz com que todos ali presentes se conectem com o mundo espiritual.

O rito acontece em um espaço denominado conga, um local de terra batida onde todos os participantes permanecem descalços. Acredita-se que, dessa forma, seja possível maior conexão com a energia da terra e com o plano espiritual.

 

Batismo

Assim como em outras religiões, para se tornar um verdadeiro umbandista é preciso ser batizado. Segundo a crença, que é batizado nessa religião fica revestido com uma proteção divina. Dessa forma, a pessoa se torna então filha de Olorum e seguidora de Pai Oxalá.

Segundo a religião, o batismo é a porta de entrada para que o umbandista possa receber diversas bênçãos. Quando batizada, a pessoa é incorporada na religião passando a ter direitos e deveres inerentes à ela.

O batismo pode ser realizado no próprio terreiro, mas também é comum que ele aconteça em cachoeira. Isso porque, segundo a religião, as cachoeiras são lugares onde existe uma forte vibração do orixá Mãe Oxum, que é considerada mãe protetora de todos os umbandistas, assim como, senhora das águas doces.

 

Descarrego

O descarrego trata-se de uma sessão de limpeza para se descarregar de energias negativas. O rito pode ser feito com banhos e ervas especiais.

 

Casamento

O casamento trata-se de um ritual dentro da Umbanda onde existe a benção sobre o casal que, a partir daquele momento, fica sob proteção dos orixás. Quem realiza a cerimônia é o Pai-de-santo dono do terreiro.

Assim como em outras religiões, existem os padrinhos, que são pessoas que tem como função proteger o casal.

 

Amalá

Nesse ritual umbandista, são entregues comidas, bebidas, velas e outros elementos para que os orixás possam trabalhar em prol à alguma causa.

Além disso, é importante ressaltar que cada orixá possui um elemento, e cada terreiro vai identificar qual é.

A quantidade do que será entregue aos orixás não importa. O importante é que tudo seja preparado com dedicação, amor e carinho e que os elementos estejam certos.

 

Amaci

O Amaci consiste no batismo do médium dentro do terreiro e a partir desse momento o médium assume um compromisso com suas entidades.

 

Obi

Trata-se de um ritual onde o Pai-de-santo joga a semente de uma palmeira africana chamada Obi, que é dividida em quatro partes, e jogada na pessoa para que assim, possa se descobrir qual é o seu orixá de cabeça. Segundo a religião, a semente vibra de acordo com o orixá da pessoa.

 

3.2 O que são os Hinos da Umbanda?

Os hinos dentro da religião são como mantras que evocam a energia tanto para que se possa trazer entidades, quanto para que se possa despedir delas. Cada hino possui um significado diferente e na Umbanda existem vários tipos, de acordo com o terreiro.

Eles servem também para agradecer as entidades pelo seu trabalho desenvolvido.

Contudo, existe um hino específico chamado de “Refletiu a Luz Divina”, uma letra escrita por Manoel Alves e musicada por Dalmo da Trindade Reis. O hino foi reconhecido no Segundo Congresso 1961 e declarado como Hino da Umbanda.

 

4. O que é um Terreiro?

O Terreiro é o lugar onde se concentram os cultos da Umbanda. Ali, ocorrem todas as reuniões e eventos pertinentes à religião. Tudo é feito com muito respeito e devoção.

É no Terreiro que as incorporações acontecem, ou seja, que as entidades descem para que possam realizar os trabalhos e usufruir das oferendas como as bebidas e o fumo.

 

4.1 Qual a organização do Terreiro?

O Terreiro de Umbanda é organizado da seguinte forma:

Assentamento

O assentamento consiste em um local onde são inseridos alguns elementos que, segundo a religião, possuem poderes místicos. Ali, cria-se então um ponto de proteção bem como, defesa e descarga.

Um assentamento é feito para cada força que se deseja assentar. A princípio, é feito um assentamento central e posteriormente, outros tipos de assentamento de acordo com as necessidades do Terreiro.

Além disso, cada assentamento diz respeito a um orixá. E caso se deseje fazer assentamentos diferentes para diferentes orixás, é preciso que eles permaneçam em ambientes diferentes para que suas energias não se misturem.

 

Peji ou Pegi

Também chamado de “ quarto de santo” o peji, consiste em uma espécie de altar.

 

Porteira ou Tronqueira

A Porteira ou Tronqueira consiste em uma pequena casa que encontra-se na entrada dos Terreiros que tem como foco expulsar certas energias vibratórias que são utilizadas por entidades como Exus e Pombas-gira.

São construídas preferencialmente à esquerda das entradas do Terreiro. E sua cor interna pode ser qualquer uma, desde que não seja preta. A Tronqueira deve estar sempre limpa. Ali são colocadas imagens de santos, principalmente o Santo Antônio de Pádua, que é patrono dos tarefeiros da Umbanda.

 

Congá

O Congá é um local pré-determinado que tem sua energia constamente renovada por ser consagrado. Ali é possível encontrar objetos que ajudam na proteção do espaço, assim como, são feitas preces nesse local.

 

Cruzeiro das almas ou Casa das Almas

O Cruzeiro das Almas é um objeto feito de mármore ou madeira. O mesmo contém 3 degraus sendo que, no alto destes degraus encontra-se uma cruz, cujo nome é Cruz das Almas. Nesse espaço, são queimadas velas para as almas.

 

Roncó

Trata-se um altar particular feito especialmente para o dono do terreiro. Ali, também podem ser feitos rituais como o Amaci e o Batismo.

 

4.2 Como funciona a Hierarquia dentro de uma terreira de Umbanda?

Apesar de existirem diversas formas de hierarquia dentro da Umbanda, geralmente elas seguem um padrão muito parecido. Mas é importante ressaltar que cada hierarquia possui uma função diferente dentro do Terreiro, sendo muito importante para o seu desenvolvimento.

As hierarquias funcionam da seguinte forma. Em níveis espirituais elas funcionam de acordo com a vibração da energia que encontra-se em uma escala que varia de 0 a 7 no positivo, e 0 a -7 no negativo.

 

Escala positiva

Na escala positiva então encontram-se espíritos que atingiram completamente a sua capacidade emocional, de consciência e mental dentro dos 7 sentidos da vida. Ou seja, estão muito evoluídos no plano espiritual.

 

Escala negativa

Nessa escala, os espíritos encontram-se em níveis de queda, e quanto mais emergem nesses níveis, mais sofrem um nível profundo de retrocesso.

 

As falanges

Dentro das escalas negativas e positivas, encontram-se as falanges, que nesse contexto, consiste em subdivisões das escalas. E é ali nas falanges que é possível encontrar as entidades como o Caboclo Tupi, Zé Pilintra, Maria Padilha, Exu Caveira.

Na verdade, os espíritos vão se agrupando de acordo com as falanges destas entidades, se identificando como elas. Ou seja, não existe apenas um Caboblo Tupi ou um Zé Pilintra. Então, pode-se concluir que as falanges são campos específicos de atuação dos espíritos.

No que diz respeito ao cargos hierárquicos dentro do Terreiro, apesar de se modificarem de acordo com o local que se encontram, é possível encontrar:

 

Abiã

Considerado noviço ou noviça, o Abiã é aquela pessoa que frequenta o terreiro com a intenção de fazer parte dele. Entretanto, ela ainda não está completamente integrada. Na verdade, são as pessoas que frequentam o  Terreiro sem que tenham sido iniciadas.

 

Cambono

Considerado um trabalhador anônimo, o Cambono tem a responsabilidade de desenvolver trabalhos modestos dentro do Terreiro de Umbanda. Contudo, o Cambono também não é iniciado, sendo apenas um ajudante.

 

Yaô

Trata-se do filho ou filha de santo. Nesse caso, esta pessoa já está iniciada nessa religião podendo cuidar do Terreiro.

 

Yabacê

A Yabacê é a cozinheira de santo, que se encarrega de preparar as comidas ritualísticas tendo uma função de bastante prestígio. Contudo, esse nível é pouco utilizado na Umbanda, uma vez que as oferendas são ofertadas de maneira mais simples.

 

Yatabaxê

O Yatabaxê é aquela pessoa que canta para as entidades durante os rituais junto com os Ogãs Alabes.

 

Dagã

É a filha de santo mais velha do Terreiro no que diz respeito às obrigações. Sua principal função é despachar o Exu antes que o culto comece.

 

Ebâmi

É o filho de santo mais velho do Terreiro, também no que se refere às obrigações. Também possui a função de despachar o Exu.

 

Ogã Abalê

Responsável por tocar os atabaques, realizar as cantigas e ensinam os Yaôs a dançarem.

 

Ebâmi

 Consiste em um Yaô com todas as obrigações completas, que é iniciado após 7 anos servindo em seu Terreiro.

 

Yakekerê

Tem a função de substituir o dono ou a dona do Terreiro. Também pode ser chamada de mãe pequena.

 

Babakekerê

É chamado de pai pequeno e tem a mesma função que a Yakekerê.

 

Yalorixá

Consiste na Mãe-de-Santo propriamente dita, sendo a maior autoridade feminina dentro do Terreiro.

 

Babalorixá

Trata-se de autoridade máxima masculina dentro do Terreiro. E estando 21 anos atuando nessa função, o Babalorixá passa então a ser chamado de Babalaô, demonstrando o quanto é experiente dentro dessa religião.

 

4.3 Giras, como funcionam?

Já falamos um pouco das giras, mas vamos nos aprofundarmos mais sobre o assunto a partir de agora.

A giras na Umbanda, ou rodas, consistem em reuniões onde são agrupados vários espíritos de uma determinada categoria que irão se manifestar através da incorporação dos médiuns.

As giras podem ter objetivos diferentes pois existem giras de festa, de trabalho ou então, de treinamento.

Elas funcionam da seguinte forma. Inicialmente são realizadas saudações, preces e defumações. Em seguida, serão saudadas as linhas de trabalho a qual irá se atuar. Ao final, são cantados pontos para a subida, ou seja, para que as entidades possam desincorporar os médiuns.

Geralmente, em uma gira é importante que todos estejam vestidos de branco, para linhas de direita. Contudo, em alguns locais o vermelho e o preto são utilizados para trabalhos de esquerda.

As giras mais famosas são de Preto Velho, Caboclos, Ciganos e Malandros, onde os espíritos das respectivas linhas trabalham.

Já em giras de esquerda, as mais famosas são as de Exus e Pombas-Gira.

 

5. Qual a importância da Umbanda para a sociedade Brasileira?

A Umbanda é uma religião puramente brasileira que mistura diversas crenças a fim de formar uma religião que recebe a todos, sem discriminações.

Trata-se de uma manifestação cultural de crenças muito fortes, que remetem à construção de uma religião que possui vários seguidores pelo mundo e mostra a importância dos índios, negros, baianos entre outros povos para a construção de um mundo mais justo.

A religião carrega ainda consigo cor, sabor, música e instrumentos que valorizam as raças. Ela quebra paradigmas e desconstrói muitos pensamentos, fazendo com que seus adeptos trabalhem em função da evolução espiritual através da caridade.

Conclusão

Ao contrário do que muitos pensam, enlevados pelo preconceito e a falta de estudo, a Umbanda é uma religião que trabalha em busca da paz e harmonia.

Organizada, ela requer de seus adeptos muita disciplina e estudo. Pois como pode-se ver, a ascensão dentro da Umbanda só acontece depois de muito trabalho e experiência.

 

 

 

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